Daltonismo
Trata-se
da incapacidade relativa na distinção de certas cores que, na sua forma
clássica, geralmente cria confusão entre o verde e o vermelho.
É
um distúrbio causado por um gene recessivo localizado na porção heteróloga do
cromossomo X, o gene Xd, enquanto o seu alelo
dominante XD determina a visão normal.
A
mulher de genótipo XDXd, embora possua um
gene para o daltonismo, não manifesta a doença, pois se trata de um gene
recessivo. Ela é chamada de portadora do gene para o
daltonismo. O homem de genótipo XdY, apesar de ter o
gene Xdem dose simples, manifesta a doença pela
ausência do alelo dominante capaz de impedir a expressão do gene recessivo.
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O
homem XdY não é nem homozigoto ou heterozigoto: é hemizigoto
recessivo, pois do par de genes ele só possui um. O homem de genótipo XDY é hemizigoto
dominante.
Se você consegue
distinguir perfeitamente o número 74 entre as bolinhas da figura acima,
então você não é
daltônico.
Hemofilia
É
um distúrbio da coagulação sangüínea, em que falta o fator VIII, uma das
proteínas envolvidas no processo, encontrado no plasma das pessoas normais. As
pessoas hemofílicas têm uma tendência a apresentarem hemorragias graves depois
de traumatismos banais, como um pequeno ferimento ou uma extração dentária. O
tratamento da hemofilia consiste na administração do fator VIII purificado ou
de derivados de sangue em que ele pode ser encontrado (transfusões de sangue ou
de plasma). Pelo uso frequente de sangue e de derivados, os pacientes
hemofílicos apresentam uma elevada incidência de AIDS e de hepatite tipo B,
doenças transmitidas através dessas vias.
A
hemofilia atinge cerca de 300.000 pessoas. É condicionada por um gene
recessivo, representado por h, localizado no cromossomo X. É pouco freqüente o
nascimento de mulheres hemofílicas, já que a mulher, para apresentar a doença ,
deve ser descendente de um hímen doente (XhY) e de uma mulher portadora (XHXh)
ou hemofílica (XhXh). Como esse tipo de cruzamento é extremamente raro,
acredita-se que praticamente inexistiriam mulheres hemofílicas. No entanto, já
foram relatados casos de hemofílicas, contrariando assim a noção popular de que
essas mulheres morreriam por hemorragia após a primeira menstruação (a
interrupção do fluxo menstrual deve-se à contração dos vasos sanguíneos do
endométrio, e não a coagulação do sangue).
Herança
holândrica, ligada ao cromossomo Y ou herança restrita ao sexo
O
cromossomo Y possui alguns genes que lhe são exclusivos, na porção encurvada
que não é homóloga ao X. Esses genes, também conhecidos como genes
holândricos, caracterizam a chamada herança restrita ao sexo.
Não
há duvidas de que a masculinização está ligada ao cromossomo Y. Um gene que tem
um papel importante nesse fato é o TDF ( iniciais de testis-determining
factor), também chamado de SRY(iniciais de sex-determining
region of Y chromossome), que codifica o fator determinante de testículos. O
gene TDF já foi identificado e está localizado na região não-homóloga do
cromossomo Y.
Tradicionalmente,
a hipertricose, ou seja, presença de pelos no pavilhão auditivo dos
homens, era citada como um exemplo de herança restrita ao sexo. No entanto, a
evidência que a hipertricose deve-se a uma herança ligada ao Y está sendo
considerada inconclusiva, pois, em algumas famílias estudadas, os pais com
hiperticose tiveram filhos homens com e sem pêlos nas bordas das orelhas.
Na
herança restrita ao sexo verdadeira: Todo homem afetado é filho de um
homem também afetado; todos os seus filhos serão afetados, e as filhas serão
normais.
Herança
autossômica influenciada pelo sexo
Nessa
categoria, incluem-se as características determinadas por genes localizados nos
cromossomos autossomos cuja expressão é, de alguma forma, influenciada pelo
sexo do portador.
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Nesse grupo, há diversas modalidades de herança,
das quais ressaltaremos a mais conhecida, a dominância influenciada
pelo sexo, herança em que, dentro do par de genes autossômicos, um deles
é dominante nos homens e recessivo nas mulheres, e o inverso ocorre com o seu
alelo. Na espécie humana, temos o caso da calvície.
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Outras
formas de herança autossômica influenciada pelo sexo são a penetrância
influenciada pelo sexoe a expressividade influenciada pelo sexo.
Na espécie humana, a ocorrência de malformações de vias urinárias apresenta uma
penetrância muito maior entre os homens do que entre as mulheres. Elas,
portanto, ainda que possuam o genótipo causador da anormalidade, podem não vir
a manifestá-la. A expressividade também pode ser influenciada pelo sexo. Um
exemplo bem conhecido é o do lábio leporino, falha de fechamento
dos lábios. Entre os meninos, a doença assume intensidade maior que nas
meninas, nas quais os defeitos geralmente são mais discretos.
Basicamente,
há duas evidências que permitem suspeitar de um caso de herança relacionada com
o sexo:
1º) Quando
o cruzamento de um macho afetado com uma fêmea não afetada gera uma
descendência diferente do cruzamento entre um macho não afetado com uma fêmea
afetada.
2º) Quando
a proporção fenotípica entre os descendentes do sexo masculino forem
nitidamente diferentes da proporção nos descendentes do sexo feminino.
Bibliografia:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/herancaesexo5.php












